A coisa mais extraordinário do mundo é um homem comum, uma mulher comum e seus filhos comuns


    Me lembro muito bem da primeira vez que escrevi nesse blog, estava no auge da minha adolescência com 16 anos e entrado no último ano do ensino médio... que ano, quantas lembras e quantas saudades... lembro-me bem das conversas que eu tinha nos almoços com meus colegas, quando o assunto era casamento, filhos e família eu sempre dava dois passos para trás e dizia que era besteira e passei muitos outros dias, meses e anos pensando a mesma coisa.

    Mas, de repente, tão de repente quanto o frio que aparece do nada em janeiro no meu Piauí, o meu coração se aqueceu pela ideia "família" e vivo os meus dias pensando nisso, será que faz sentindo viver e não viver o mais extraordinário? E junto com esses pensamentos que mudaram completamente em mim apareceu outros bem piores, pior que o desprezo por magoa de experiências vividas que não tem nada a ver comigo, é o sentimento de "Será se um dia o extraordinário vai acontecer comigo? Será se eu sou boa o suficiente para isso?"

    Talvez era bem mais simples quando eu não tinha esse desejo, porque era um grande tanto faz na vida e agora é um desejo grande que aquece o coração e a alma e se não acontecer comigo eu vou ficar muito triste. Em meros quatro anos eu sai do "Deus me livre filhos" para "quem sabe três ou quatro?"  

    Sabe, eu tenho plena certeza que eu até posso fazer planos, mas quem da a palavra final é Deus, está escrito na Palavra da Verdade, e eu sei que eu não preciso me preocupar tanto com isso, não tenho mais 16 mas ainda só tenho 20 e talvez, só talvez esse nem seja o plano para mim, e ok? por agora ok não (rs) até porque esse não é o meu desejo, mas se for o de Deus na hora que for para eu tomar esse baque eu vou aguentar.

    Por hora, essa é uma confissão chorosa de quem a vida toda (até agora) achou tudo que envolvesse família e filhos era uma coisa ridícula, agora sabe que nasceu para ser mãe, de barriga; de coração ou espiritual, que quer um dia ser chamada para peregrinar em parceria pelos caminhos que Deus trilhar, que quer ser ferro afiando ferro buscando sempre melhorar, e que deseja que algum dia alguém me peça a minha para entrarmos juntos na embarcação, para enfrentarmos as tempestades e calmarias que virão... para juntos termos um lar. 

    

Música para escutar enquanto ler:


-A frase do título é do G.K Chesterton
-O gif é de This is Us 
-A música é dos Arrais



 




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sobremesa Teresa Cristina

Resenhando: Roman Holiday (1953)